quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Prorrogado até 03 de setembro: NA CABEÇA

ATÉ 03 DE SETEMBRO - APROVEITE!!
A CASA museu do objeto brasileiro apresenta:
“na cabeça”
Mostra de chapéus de Silvia Lucchi
Até 03 de setembro
Ao entrar no espaço expositivo, o visitante terá uma noção de como é elaborado e construído o trabalho de Silvia. As criações da designer geralmente não nascem no papel, no desenho, mas muitas vezes a partir do material, os fios que viram tramas que viram imagem. Pilotos que trazem outras idéias e mais pilotos num processo intuitivo, como uma evolução constante, onde a melhor idéia prevalece. Silvia cria chapéus compulsivamente, obsessivamente.

Na sua vida profissional Silvia Lucchi mostra um verdadeiro amor pelas peças pilotos, estas peças únicas que logo após nascer já cedem espaço para uma outra peça irmã. Provocativa, Silvia começou cedo.

O trabalho de Silvia Lucchi é conhecido no Brasil especialmente na década de 80, quando trabalhava para ZOOMP e Fiorucci onde realizou criações de peças únicas. Mas foi um convite de Paulo Borges para o Look of the Year que Silvia pode realizar chapéus em escala teatral. Há 10 anos, Lucchi mudou-se para Europa, é só agora volta para o Brasil.

Mas desde sempre Silvia demonstrava sua uma paixão pelo experimento, pela ousadia, e uma incrível obsessão pelas texturas, cores e materiais. Cada pedaço de restos de materiais caídos no chão podem servir de inspiração para novos materiais ou formas.

O começo

Silvia Lucchi estudou em diversas escolas. Passou cinco anos em Florença. Depois se mudou para Milão, para estudar moda na academia Domus, sob a direção de Gianfranco Ferré. Em 1987 completou o masters degree com uma tese sobre o busto feminino. O projeto procura transformar conceitos e idéias em produtos, e na realidade é a primeira pesquisa séria que envolve chapéus.

No Brasil realizou e apresentou 150 peças únicas de roupa na Galeria Simultânea, onde nasceu o primeiro chapéu, modelado em feltro, mimetizando o penteado masculino, ondulado e dividido de lado.

É um pouco disso tudo que o visitante irá conhecer nesta exposição.

Serviço:
“Na Cabeça” exposição de Silvia Lucchi
Abertura: 26 de maio de 2010, às 20h
Visitação: 27 de maio até 03 de setembro de 2010

Local: A CASA museu do objeto brasileiro
Rua Cunha Gago, 807 - Pinheiros -Tel. (+5511) 3814-9711
http://www.acasa.org.br/
Horário: segunda a sexta - 10h às 19h
Entrada franca

Ficha Técnica:
Idealização: Renata Mellão e Marcelo Kahns
Coordenação: Marcelo Kahns
Design da Exposição: Luis Fernando Rocco
Imagem: Fernando Velázquéz
Iluminação: Lincoln Lucchi
Produção: Superlimão Stúdio
Produção executiva: Jaine Silva

Assessoria de imprensa: Solange Viana
Tel (+5511) 4777.0234 - mailto:4777.0234solange.viana@uol.com.br
Mais notícias no Blog: http://solangeviana.blogspot.com/

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Amazonas em São Paulo

Semana de Gastronomia do Amazonas em São Paulo
de 24 a 28 de agosto no Caesar Park - Vila Olímpia

Para começar, uma salada de palmito de pupunha com agrião e lâminas de pirarucu. Como prato principal, costela de tambaqui grelhada com arroz caboquinho, e de sobremesa, sonho de cupuaçu com chocolate. Tudo isso, regado à caipirinha de cupuaçu. Estes deliciosos pratos, elaborados pela Chef Charufe Nasser, marcaram o inicio do Festival Gastronômico do Amazonas, na cidade de São Paulo. No decorrer da semana, o hospedes e freqüentadores do restaurante Galani, do Hotel Caesar Park faria Lima, poderão também experimentar a caldeirada de tucunaré, caldinho de piranha, paella de peixes da Amazônia, que compõem menu que a chef apresentará.
O jantar inaugural foi oferecido a um seleto grupo de convidados, entre eles, profissionais da gastronomia, do setor turístico e pessoas ligadas aos órgãos apoiadores, como a representante do Governo do Amazonas em São Paulo, Yeda Oliveira e o Chefe da Divisão de Projetos Especiais da Manaustur, Geraldo Diego Lima. Como atração musical, um show intimista, com cantor Carlinhos do Boi, acompanhado por um tecladista e quatro bailarinos, alegrou e animou o ambiente com o ritmo das toadas do Caprichoso e do Garantido.

Durante a semana, hóspedes e clientes habitués também poderão apreciar as fotos de Lula Sampaio, que expõe uma seleção de imagens da Amazônia. Alvo de diversos projetos do fotógrafo, Sampaio se dedica a registrar a diversidade e a riqueza cultural da região desde 1986. Suas fotos já representaram o país no Ano do Brasil na França (2005) e puderam ser vistas em várias galerias no País.

Com o festival gastronômico do Amazonas, a Rede Posadas comemora o seu mais novo empreendimento no Brasil, o Caesar Business Manaus, já inaugurado, mas que tem programado para o último dia de agosto um “open house” para convidados, que poderão visitar e conhecer o empreendimento, segundo informou o Mário Pio, gerente de venda do Hotel. Márcia Brown, diretora de vendas da rede para a América do Sul lembra que “ além de promover de divulgar a gastronomia amazonense, a idéia do festival é despertar nas pessoas o interesse de conhecer o Estado e conhecer sua rica e diferenciada cultura, pois se sabe a cidade de Manaus é o portão de entrada para a maior floresta tropical do planeta. A cidade se destaca por seu desenvolvimento sócio econômico compromissado com a sustentabilidade não só do Brasil, mas também do mundo.”

Já a representante do Governo do Amazonas em São Paulo, Yeda Oliveira, lembrou que “ a partir de agora a tendência é a de que o olhar e o interesse pelo Amazonas sejam cada vez mais ampliados, já que Manaus será a cidade amazônica sede da Copa de 2010 e é o principal centro econômico da região norte, com o 4º maior PIB entre os estados brasileiros e reúne toda a diversidade brasileira em sua história, arte e cultura, com excelentes opções de turismo.”

Serviço Semana da Gastronomia do Amazonas
Período - De 24 a 28 de agosto
Preço – menu completo (entrada, prato principal e sobremesa) R$ 85,00/pessoa (não inclui bebidas e taxa de serviço)
Preços bebidas - a partir de R$ 5,00 (água)
Funcionamento - das 19 horas às 23 horas.
Estacionamento - com manobristas (R$ 17,00)
Forma de pagamento - aceita todos os cartões de crédito.
Capacidade – 90 lugares
Apoio: Governo do Amazonas, por meio da Amazonastur e Escritório de Represebtação em São Paulo, Prefeitura de Manaus, por meio da Manaustur e Azul Linhas Aéreas

O Caesar Park Faria Lima fica na Rua Olimpíadas, 205. Reservas pelo telefone (11) 3049.6689. Informações pelo site www.caesar-park.com.

Comunicação: Solange Viana
11 4777.0234 - solange.viana@uol.com.br

Leia opiniões sobre o livro: "Tudo o que vc queria saber..."

O livro Tudo que você queria saber sobre comercialização de filmes nacionais mas não tinha a quem perguntar já está disponível no site http://www.tudosobrefilmenacional.com.br/. Apenas em formato e-livro e áudio-livro. Veja o que algumas pessoas disseram sobre o projeto:

"Tem muita gente que se compraz em dizer que o mundo não reconhece seu talento, o que pode até ser verdade, mas igualmente verdadeiro é o fato de muita gente não fazer o esforço necessário para criar as condições de o trabalho ser visto. Com esse livro, ninguém poderá mais dizer que o caminho das pedras não está claramente delineado."
João Moreira Salles – VideoFilmes

"O texto de Marta dá o beabá (reflexivo, crítico e essencial) para a construção de um discurso capaz de convencer o mercado a tratar seu filme como: a) uma obra de arte; b) um bom negócio; e c) um exemplo de trabalho. Para quem leciona cinema, o livro de Marta quebra um galho dos mais rígidos, ao responder a pergunta mais recorrente: 'Professor, escrevi um roteiro. O que eu faço agora?'. Marta sabe. Confie nela."
Rodrigo Fonseca - O Globo

A iniciativa de Marta Machado de realização desse livro será de grande valia para o desenvolvimento do setor. A comercialização no setor audiovisual é ainda um tema desconhecido de grande parte dos empreendedores e o livro com certeza contribuirá para estimular uma maior geração de receitas financeiras, fator fundamental para o crescimento da atividade. O formato didático na forma de perguntas e respostas ajudará muito aos novos entrantes.”
Luciane Gorgulho – BNDES

"É uma espécie de tomo da coleção Primeiros Passos na arte de comercialização de filmes, endereçada aos realizadores de primeira viagem."
Carlos Helí de Almeida – Jornal do Brasil

É preciso enfrentar o desafio da distribuição com o mesmo empenho e persistência com que um autor ou produtor encara as outras etapas do processo. E a obra de Marta Machado dá o caminho das pedras para quem se dispuser a cruzar esse Rubicão. Não é pouco.”
Paulo Markun – Jornalista

Marta nos propõe um Manual de Sobrevivência no qual um filme parece poder ter vida própria desde que trilhe caminhos escolhidos dentre várias alternativas e ainda supere obstáculos que se imaginavam intransponíveis. Ela nos ajuda com suas respostas esclarecedoras às perguntas de todos nós.”
Luiz Bretz - VideoFilmes
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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Uma declaração de amor

Texto escrito pelo crítico de cinema, Luiz Zanin Oricchio, para a amada Maria do Rosário Caetano para o Fest CURTA-SE onde ela será homenageada:

MISSIONARIA DA CELULOSE E DO CELULOIDE
POR LUIZ FERNANDO ZANIN ORICCHIO (*)

Para o Curta-SE 2010

Se ela pudesse, leria todos os jornais do mundo. Como não pode, contenta-se com os três que recebe em casa todas as manhãs e mais alguns "de todos os Brasis", que compra quando vai aos muitos cinemas que circundam a Avenida Paulista. Maria do Rosário Caetano é assim. Uma vocação de jornalista como nunca vi igual. Fascinada pela notícia, fissurada pelo dia-a-dia, fanática pelo papel, usa a internet de maneira frenética, porém com um saudável pé atrás. Leitura, para ela, só na velha e boa celulose. Haja florestas para abastecer tanta fome.

Pois foi desse jeito, lendo e colecionando os papeis que ela não joga fora (para meu desespero), que Rô se tornou a mais bem preparada jornalista cultural do País - em especial quanto a um tema, o cinema, e o cinema brasileiro em particular, que ela acompanha de perto há décadas.

E, claro, acompanha não como leitora, mas como repórter, participante e testemunha. A Rosário pode ser vista e ouvida nos debates de uma infinidade de festivais brasileiros. É a rainha dos debates e moderadora de muitos deles. Parece conhecer todos os diretores, todos os atores, os figurinistas, maquiadores, os contra-regras e pode chamar, pelo nome, do mais badalado produtor ao anônimo que segura as lâmpadas no set, que a gente chama de "pau de luz". Nada e nem ninguém do cinema brasileiro parece lhe ser estranho.

Por um simples motivo: Rô ama o cinema brasileiro porque ama o Brasil acima de tudo. É nacionalista, não no sentido estreito de ignorar o resto do mundo ou pregar patriotada. É nacionalista porque não se considera cidadã de segunda categoria por ter nascido no Brasil, em Minas Gerais, numa cidade chamada Coromandel. Pelo contrário. Orgulha-se de sua origem. Sente-se igual a todos, alemães, portugueses, norte-americanos, vietnamitas ou chineses. Pratica um nacionalismo do tipo que a coloca na altura dos olhos dos seus semelhantes. Nem acima e nem abaixo. No mesmo nível.

Por isso mesmo, sente-se particularmente solidária com os que sempre foram considerados “inferiores” pelos supostos donos do mundo (e às vezes por si mesmos): os brasileiros e todos os irmãos latino-americanos – nossos vizinhos de continente, em geral tão ignorados aqui mesmo no Brasil, cuja elite tem como modelos ora os europeus ora os americanos do norte.

Foi pensando nisso que Rosário escreveu seu livro mais importante, o pioneiro "Cineastas Latino-Americanos" (Estação Liberdade, 1997), uma série de entrevistas e perfis biográficos com os principais diretores do continente. É leitura obrigatória para quem se interessa pelo assunto.

Como são obrigatórios os livros que produziu para a coleção Aplauso, com perfis de cineastas e atores como Fernando Meirelles, João Batista de Andrade e Marlene França. Esses textos aliam a argúcia da entrevistadora, sempre bem documentada sobre o assunto ou o personagem, ao texto trabalhado e límpido, fruto de quem frequenta os melhores autores da literatura. Sim, a Rosário, além de formada em jornalismo, concluiu o curso de Letras, ambos na UnB, em Brasília, cidade para onde foi depois de sair de Coromandel, e onde passou a juventude, casou-se, teve filhos, trabalhou e deixou enorme número de amigos e admiradores quando de lá saiu, em 1994, para viver em São Paulo.

Rosário durante muitos anos trabalhou nas redações de jornais como Correio Braziliense e Jornal de Brasília, como repórter, repórter especial ou editora de cultura. Tornou-se correspondente do JBr em São Paulo quando para lá se mudou. Ao deixar o jornalismo diário, depois de muitos anos de atividade, passou a atuar na internet. “Analfabeta digital”, como ela mesma se define, tirou do nada um boletim que batizou de "Almanaque". Uma publicação artesanal, que ela envia manualmente para três mil pessoas e lhe valeu uma tendinite crônica no braço direito.

Em pouco tempo, o "Almanaque", que é mensal, e o "Almanakito", um derivativo diário, tornaram-se referência nacional no meio cinematográfico e não é raro que paute e seja citado por jornalões tradicionais. Algumas revelações do Almanakito se tornaram reportagens escritas nos jornais de primeira linha do País. Rosário é prova viva do alcance e das possibilidades do jornalismo na internet. Com seu "Almanakito", ela multiplicou seus correspondentes e amigos pelo Brasil afora e mesmo no exterior (um dia, para minha supresa, ela veio me falar de uma “amiga russa”, Elena Beliakova, que havia conhecido na rede e era fã de Jorge Amado). Criou uma rede de dependentes do Almanakito, viciados que se informam e se orientam pela leitura desse boletim e se queixam quando eventualmente são esquecidos nas remessas.

Aos 55 anos, a Rô continua em atividade febril. Percorre vários festivais de cinema ao longo do ano e já até perdeu medo de avião, menos por mérito que por necessidade. Quando está em casa, consome seu dia lendo, fazendo contatos e abastecendo edições sucessivas do Almanakito. Tornou-se ponto de referência de informação quente e de credibilidade, coisas raras na internet. É uma jornalista em tempo integral.

O encontro de uma pessoa com sua vocação não se dá sem problemas. Rô se queixa de dores de cabeça recorrentes, típicas de quem vive o tempo todo no olho do furacão. Ainda acha que pode pegar o mundo com as mãos, esse mundo que teima em crescer em escala exponencial e a lhe fugir do controle. Leva tudo a sério, com o fanatismo dos santos e dos devotos. Por isso às vezes lhe falta o humor, que tanto ajuda a relativizar as coisas. Pensando bem, tudo isso está interligado e faz parte de um sistema: quem se acha imbuída de uma missão não se permite descanso nem brincadeiras. Para a Rô, o cinema não é uma diversão, nem mesmo uma arte – é uma causa. E ela a defende com o rigor de uma revolucionária. São defeitos ou qualidades? Depende do ponto de vista. Há quem ache a sua dedicação ao trabalho excessiva, roubando tempo e atenção que poderiam ser empregados de outra forma. Existe quem pense que nada existe de mais bonito que uma paixão como essa, levada às últimas consequências.

Como julgar de maneira objetiva, ainda mais quando se ama a personagem?

(*) Luiz Fernando Zanin Oricchio é jornalista e crítico de Cinema, do jornal O Estado de S. Paulo (Estadão), autor dos livros "Cinema de Novo - Um Balanço Crítico da Retomada", "Guilherme de Almeida Prado" (Coleção Aplauso) e "Fome de Bola - Cinema e Futebol no Brasil", além de companheiro, há quase duas décadas, de Maria do Rosário.
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