quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Próxima exposição!



O QUE SOBRA
Gravura e desenho s/ fotografia
Rosângela Dorazio apresenta obras inéditas na Galeria Lourdina Jean Rabieh
Abertura, 25 de setembro, quarta-feira, das 19h às 22h
Visitação: de 26 de setembro a 24 de outubro de 2013

“...as imagens são híbridas, feixes de sentido muitas vezes contraditórios e conflitantes. Ora vestigiais, ora ainda poluídas de referências, são resíduos de outras imagens, pré-imagens e pós-imagens de um mundo que não se deixa fixar com clareza, que resiste, com profunda melancolia, à formalização, incapaz de escapar do processo de objetualização que o transforma em fetiche.” Fernanda Pitta, crítica de arte

Em sua primeira individual na galeria paulistana Lourdina Jean Rabieh, a artista visual Rosângela Dorazio apresenta uma série inédita de fotos, desenhos, e gravuras - técnica usada todas juntas em seu trabalho, que possui o sugestivo nome de “O que sobra”.  A individual acontece a partir de 25 de setembro, quarta-feira, e permanece até 24 de outubro.

Produzir imagens únicas. Está é a intenção da artista Rosangela Dorazio, que utiliza a gravura como meio de realizar imagens que não se repetem, são únicas. A fotografia que ela mesma faz, e trabalha através da xilogravura. O resultado final são gravuras que não apresentam imagens explicitas. Tudo o que não é céu e chão, são eliminados. Surge assim uma nova paisagem, repleta de brancos e cinzas, formada pela incisão.

Para o renomado curador e crítico de arte, Agnaldo Farias, “a artista destrói as imagens quase sempre deixando um rastro delas  nos reflexos silenciosos de lagos e poças; as imagens, agora flutuando em superfícies líquidas, carregam consigo o eco de imagens que não mais existem, o que serve como demonstração da impossibilidade de reter o visível, de que toda fotografia fundada na lógica do documento e do registro acena uma ilusão tão concreta quanto a nitidez das imagens estampadas”, assim se comporta a obra de Dorazio.

“Rosangela Dorazio tem uma extensa experiência com a gravura. Domina a arte de subtrair matéria para criar a matriz, depurar a imagem, produzir o seu duplo. Entretanto, ao contrário de muitos artistas que se enveredaram por esse campo tradicional, não tem um apego purista à técnica, não guarda nenhum romantismo com relação ao fazer esmerado com que frequentemente se associam os guardiães dos procedimentos intrincados das diversas maneiras de gravar”, descreve a Mestre em Arte, Fernanda Pitta.
         
                                                                                         
E continua “Faz isso não por desconhecimento ou desprezo, mas porque sua pesquisa a leva a colocar no centro da sua produção o lugar difícil do fazer artístico e da imagem no tempo em que vivemos. Sabe que reivindicar para a arte o estatuto de um fazer exemplar, modelo para as outras ações humanas, nos dias de hoje, é tão problemático quanto acreditar na capacidade de comunicação direta da imagem. São tempos turvos, em que a ação humana não são mais capaz de gerar exemplaridade e o meio já deixou há tempos de ser a mensagem”.

Os trabalhos que a artista reúne nessa exposição partem da fotografia, luz gravada sobre uma superfície. Mais uma vez não é a técnica fotográfica que interessa Dorazio. A fotografia comparece não em suas ricas gradações de luz e sombra, na qualidade do foco ou da composição, mas sim por certas propriedades generalizantes da imagem produzida por meio dessa linguagem. No senso comum, fotografias podem ser vistas como registro, em que o médium passa quase despercebido. Por isso mesmo, a artista parte de fotos de paisagem banais, genéricas, que guardam -  nas cenas capturadas, nas angulações da lente, no enquadramento, na luminosidade – algo do caráter inócuo das imagens dos postais ou folhinhas de calendário.

Pitta conclui: “As intervenções feitas pela artista sobre as impressões fotográficas explicitam o impasse entre a percepção e a imaginação, entre a experiência concreta e a projeção idealizada. Retira das paisagens aquilo que poderia caracterizá-las, indicando precisamente os vazios desses lugares do desejo irrealizado”.

SERVIÇO:
ROSÂNGELA DORAZIO | O QUE SOBRA
Gravura, desenho s/fotografia
Abertura: 25 de setembro, quarta-feira, das 19h às 22h
Exposição de 26 de setembro a 24 de outubro de 2013. Segunda a sexta das 10h às 19h | sábados das 11h às 17h.
Galeria Lourdina Jean Rabieh, Al. Gabriel Monteiro da Silva, 147, SP. tel. 0/xx11/3062.7173 | 0/xx/11/3081.0017
Entrada gratuita.

Assessoria de imprensa: Solange Viana
Tel 11 4777.0234 | solange.viana@uol.com.br
Mais informações: http://solangeviana.blogspot.com

Sandra Cinto em destaque na Coluna Mônica Bergamo

Este destaque foi um pedido direto do galerista Ricardo Trevisan, da Casa Triângulo, para exposição individual da Sandra Cinto. Vale reviver! Foi na ilustrada | coluna da Mônica Bergamo.