Com exposição "mar interior", Alex Cervey é destaque de CAPA do Caderno 2 | Estadão, além da CAPA principal do jornal. Leiam. A exposição acontece até sábado, 21 de dezembro, na Casa Triângulo.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
terça-feira, 26 de novembro de 2013
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Próxima exposição da Casa Triângulo: Alex Cerveny
Casa Triângulo
apresenta
Alex Cerveny: Mar interior
Mar
interior
| individual de Alex Cerveny
Abertura: 23 de novembro, sábado, das 12h às 17h
Visitação: 26 de novembro a 21 de dezembro de 2013
“Eu me sinto
mais um escritor que escreve imagens, me sinto mais um cronista que um artista.
A tradição que me agrada na arte é essa de contar histórias, como retábulos,
como os muros assírios que contam histórias de batalhas...”
Alex
Cerveny
Casa Triângulo apresenta
a partir de 23 de novembro, sábado, Mar interior, individual de Alex Cerveny [São Paulo,/SP, 1963. Vive e trabalha em São
Paulo/SP]. Com desenhos e pinturas inéditas a mostra, permanece em cartaz até o
dia 21 de dezembro, com entrada franca.
Como as cheias do Pantanal mato-grossense, a
exposição Mar interior contou quase
com um ano para estar inteiramente formada. Nesta mostra, Alex Cerveny exibe
por volta de cinquenta trabalhos, entre pinturas e desenhos, realizados sob
forte inspiração acerca do que é a pujança visual da bacia do rio Paraguai, localidade
ilhada entre o Brasil e a Bolívia, região de infinitas áreas alagadiças.
O apuro técnico é um denominador comum na obra de Alex Cerveny. Ele não
se prende a uma única técnica ou material: desenhos, esculturas, pinturas,
bordados, colagens, cerâmicas, fotografias e gravuras, estão presentes em sua
obra.
Como tema, utiliza-se de referências históricas, “algumas delas
biográficas, como as figuras retorcidas e elásticas – lembranças de sua
vivência de artista circense; outras literárias, e outras, ainda, dos meios de
comunicação em massa, criando uma intrigada alegoria”.
A exposição “Mar interior”
foi concebida por Alex Cerveny a partir de duas viagens realizadas à região da
Serra do Amolar, no Mato Grosso do Sul, entre 2012 e 2013. Na primeira viagem o
contato com a Escola Jatobazinho despertou o desejo de realizar um projeto de
arte-educação.
A Escola Jatobazinho, parceria público privada entre a prefeitura de
Corumbá e a organização da sociedade civil Acaia Pantanal, atende crianças que
vivem em fazendas e portos ao longo do Rio Paraguai onde o acesso ao
transporte, saúde e educação é um permanente desafio. Não apenas alunos, mas o
corpo pedagógico e sua equipe de apoio, buscam através da experiência, fórmulas
para superar os desafios do isolamento. Neste contexto a arte-educação pode ser
uma contribuição significativa para o desenvolvimento destes alunos.
Nesta certeza, alunos, professores e monitores, em conjunto com o
artista Alex Cerveny, com o apoio do programa “Desafios Contemporâneos” da FUNARTE,
realizaram quatro murais nas paredes dos dois dormitórios da escola, que
proporcionaram uma sensação de acolhimento e pertencimento para os
participantes.
Com o intuito de dar continuidade a projetos de arte na Escola
Jatobazinho, a Casa Triângulo e Alex Cerveny se comprometem em doar 10% da
renda desta exposição.
Para
Marcio Harum, em texto de apresentação, “No conjunto de obras em exibição ainda estão incluídas
duas pinturas fortes de paisagem noturna, feitas a óleo sobre a
semitransparência do linho. A sós, em meio à natureza, uma índia e um índio,
representando em oposição as duas margens de um mesmo rio, como figuras
deslocadas e postas na contraordem do tempo cronológico, sugerem repensarmos a impossibilidade
real dos encontros, principalmente aqueles que têm sido mediados por toda sorte
de anteparos digitais, o que faz a vida desembocar na falta de espontaneidade a
que estamos absolutamente sujeitos nos dias de hoje”.
Para saber mais:
SERVIÇO:
Mar
interior | individual de Alex Cerveny
Desenhos
e Pinturas inéditas
Abertura:
23 de novembro, sábado, das 12h às 17h
Visitação:
26 de novembro a 21 de dezembro de 2013
local: casa triângulo
endereço: rua pais de araújo 77 [Itaim bibi]
tel: 11 3167-5621
e-mail: info@casatriangulo.com
site: www.casatriangulo.com
horário de funcionamento: de terça a
sábado das 11 às 19 horas
Mais informações:
Assessoria
de Imprensa: Solange Viana – t.
(11) 4777.0234 | solange.viana@uol.com.br | HTTP://solangeviana.blogspot.com
Leia texto de apresentação da exposição de Alex Cerveny
Abaixo texto de Márcio Harum, para apresentação da exposição "mar interior" de Alex Cerveny, que abre em 23 de novembro na Casa Triângulo.
Guarânia da baía
Vermelha
Marcio Harum
Como as cheias do Pantanal mato-grossense, a exposição Mar interior contou quase com um ano
para estar inteiramente formada. Nesta mostra, Alex Cerveny exibe por volta de
cinquenta trabalhos, entre pinturas e desenhos, realizados sob forte inspiração
acerca do que é a pujança visual da bacia do rio Paraguai, essa localidade
ilhada entre o Brasil e a Bolívia, região de infinitas áreas alagadiças, um mar
sem costa, maré cheia nem vazante, mas de margens que borram lenta e
constantemente o mapa do centro sul-americano. Na busca talvez de um oceano, o
Atlântico, vê-se como sobrevoadas de monomotor marcaram o artista durante o
período de intenso trabalho, no qual barqueou por sistemas hidroviários, deu
aulas de arte para crianças em um projeto socioeducativo e explorou a cavalo um
pouco da região da serra do Amolar, nas proximidades de Corumbá (MS).
São dois grupos de obras de dimensões variáveis que compõem a
mostra – os “hidrográficos”, que, na ponta do pincel da associação poética, apresentam
gestos rápidos, baseados em registros de memórias, pessoas, lugares e momentos
ali vividos no entorno pantaneiro, finas aquarelas negras sobre papel branco
levíssimo; e desenhos que reavivam fluxos de navegação do caminho fluvial
Paraguai-Paraná, esse corte hidrográfico ao longo de 3.500 quilômetros, símbolo
do programa de integração continental, que atravessa ao meio a América do Sul. Despontam
nessa série figuras de seres metamorfoseados em homem-peixe e duelos de animais
complementares – contraditórios, como os do homem versus jacaré –, firmando, assim, pela imaginação do artista, o
caráter da exposição. Com a intuição na mira de certos aspectos da cosmogonia
guarani, Cerveny evoca com Mar interior
a origem do mundo e os fenômenos do surgimento da condição humana em meio à
natureza selvagem.
O segundo agrupamento
é constituído de cinco desenhos maiores, nos quais aguadas de fundo azul
mancham o peso da gramatura do suporte em papel. Uma fina tinta preta de traços
suavemente delineados e o uso das folhas de prata caracterizam a série, como se
houvesse sido criada por delicados acordes ancestrais de uma harpa cosmológica,
ao extroverter em sua grandeza e fragilidade uma rara visão interior sobre a
gênese do Universo, na qual estrutura e evolução parecem ser respostas diretas às
tentativas de apreensão dos métodos para o estudo dos sonhos.
No conjunto de obras
em exibição ainda estão incluídas duas pinturas fortes de paisagem noturna,
feitas a óleo sobre a semitransparência do linho. A sós, em meio à natureza,
uma índia e um índio, representando em oposição as duas margens de um mesmo
rio, como figuras deslocadas e postas na contraordem do tempo cronológico, sugerem
repensarmos a impossibilidade real dos encontros, principalmente aqueles que têm
sido mediados por toda sorte de anteparos digitais, o que faz a vida desembocar
na falta de espontaneidade a que estamos absolutamente sujeitos nos dias de
hoje.
Mar interior suscita os antigos conhecimentos a respeito do significado da
“Terra sem mal”(Ivy marãey); nas
tradições tupi-guarani, indivíduos e grupos que abandonam suas aldeias e saem
em busca de uma superação ambivalente, rejeitando a ordem do convívio social,
sem precisar de fato da morte como passagem para tal feito, alcançam essa força
de transformação pela prática de exercícios migratórios e de caminhadas sem
rumo. Ao deixarem para trás a coletividade da aldeia e o peso de ser homem, sofrem
de uma transmutação de homens em deuses, conquistando sua entrada para habitar,
enfim, a “Terra sem mal”.
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Sandra Cinto abre individual na Casa Triângulo
Casa Triângulo
apresenta: pausa.
individual de sandra cinto
abertura: 08
de outubro, terça-feira, das 19 às 22 horas
visitação: de
09 de outubro a 09 de novembro de 2013
Sandra Cinto apresenta
obras inéditas na Casa Triângulo
Desde
2006 com Construção, que
Sandra Cinto não realiza uma mostra individual na Casa Triângulo. Artista premiada e
reconhecida internacionalmente, Sandra Cinto apresenta Pausa., com obras inéditas, a partir do dia 8 de outubro, terça-feira,
ocupando todos os espaços da galeria. O texto de apresentação é do curador
Moacir dos Anjos e a exposição permanece até 9 de novembro com entrada franca.
Atualmente a artista está realizando diversas mostras
individuais: A Casa das Fontes, na Casa do Sertanista [até 30 de
novembro], São Paulo; Encounter with Waters, no Olympic Sculpture
Park Pavilion do Seattle Art Museum, no Seattle Art Museum [até 17 de
fevereiro de 2014] e das mostras coletivas: 3am: wonder, paranoia and
the restless night, com curadoria de Angela Kingston, no Bluecoat, em
Liverpool [com abertura no último dia 28 de setembro] e Analogias, no
Museu Brasileiro da FAAP, São Paulo [até 13 de outubro].
Para Moacir, “Ao criar essa
cadência visual de aproximação e de afastamento dos traços que formam as
pautas, a artista sugere truncar a capacidade da música de marcar os momentos
que passam. Faz que o desenho – expressão muda – demande a suspensão impossível
do tempo que, ao fim e ao cabo, sempre corre”, explica em texto que segue completo
abaixo.
Até a altura em que a vista consegue discernir algo,
as paredes da sala – pintadas em cor próxima à de papel gasto – estão todas
cobertas de finos traços horizontais e paralelos. A lembrança de pautas
musicais é imediata, ainda que agigantadas e sem acolher qualquer notação de
sons articulados. Abrigando somente o silêncio e a pausa, elas paradoxalmente
evocam, por meio de sua ostensiva presença, o fato de serem lugares onde se
marca, por meio da música, o inevitável fluir do tempo. Há algo, contudo, que
perturba essa aproximação entre os campos visual e sonoro que Sandra Cinto
promove. Em vez de regulares, como seria esperado desses suportes de escrita
musical, os espaços entre as linhas riscadas nas paredes vão gradualmente se
reduzindo desde cima e a partir de baixo, de modo que, em um dado ponto, quase
se confundem em uma única linha mais grossa. Ao criar essa cadência visual de
aproximação e de afastamento dos traços que formam as pautas, a artista sugere
truncar a capacidade da música de marcar os momentos que passam. Faz que o
desenho – expressão muda – demande a suspensão impossível do tempo que, ao fim
e ao cabo, sempre corre.
Nessa mesma sala
grande, Sandra Cinto ajunta ainda outros tantos índices da música que está
ausente das pautas desenhadas. Instrumentos diversos – violoncelo, contrabaixo,
violinos, flautas – são fixados ou apoiados na parede ou sobre o piso, sempre
destituídos de sua função de emitir os sons que lhes são próprios. Alguns são
mesmo combinados entre si ou com outros objetos para formar algo inédito, como
se aproximados em cópulas que anulam seus atributos singulares. Outros, por
terem sido de alguma maneira modificados ou por deles faltarem partes,
tornam-se igualmente impossíveis de ser tocados. Os instrumentos feitos de
madeira são pintados da mesma tonalidade das paredes, como se ecoassem, para
além daquela superfície plana, o silêncio que emana delas. Sobre as superfícies
sinuosas desses objetos de tocar, a artista faz desenhos que são, todavia, em
tudo diversos das linhas regulares que cobrem os muros da sala: imagens de
paisagens inventadas de montes ou mares, todos feitos de traços curvos e
delgados. De novo, a evocação da música é aqui feita somente para pausá-la,
como se os breves intervalos de silêncio entre sons que a tornam possível
fossem fixados e alongados por duração incerta.
Na sala menor, aonde se vai subindo escada, a pauta
desenhada nas paredes vira quase somente rodapé, como se até a já silenciosa
remissão à música feita na outra sala não pudesse alcançar esse espaço. No
centro de ambiente que convida à voz baixa e ao andar devagar, Sandra Cinto
dispõe uma estranha vitrine que está dentro de outra e de mais uma terceira, na
qual se guarda somente um caderno de pautas musicais e uma concha, construção
natural capaz de reproduzir o murmurar do movimento das águas. Assim tão
fechado por detrás de vidro, o livro não serve, contudo, para anotar música;
tampouco é possível levar a concha ao ouvido para ouvir a memória do mar. Outra
vez, uma pausa é criada para escutar, no espaço inventado da sala, o silêncio
que quase o tempo inteiro escapa da vida ordinária.
Há, por fim, mais uma peça que a artista oferece aos
outros, na qual torce e refaz os sentidos que se insinuam nas anteriores. Lá
fora, já afastada do controlado ambiente das salas expositivas, encontra-se uma
mesa feita para aproximar pessoas em torno de conversa calma e da partilha de
qualquer coisa. Uma mesa que recorda, na construção e nos riscos que cobrem seu
tampo, os objetos e as pautas musicais encontrados dentro da galeria, mas que
com o uso incorporam, por meio de inevitáveis marcas e manchas, os rastros da
passagem daqueles que ali sentaram e sentam. Como se nessa mesa Sandra Cinto
finalmente conciliasse a vontade de pausar a vida e o reconhecimento de que
tudo que nela passa provoca ruídos. Como se a mesa fosse música.
Moacir dos Anjos, setembro de 2013.
Sandra Cinto
[Santo André, 1968. Vive e trabalha em São Paulo]. Exposições individuais recentes:
A Casa das Fontes, curadoria de Douglas
de Freitas, Casa do Sertanista, São Paulo [2013]; Encontro das Águas, Olympic Sculpture Park Pavilion,
Seattle Art Museum, Seattle; Intersections Art
Projects, Vradenburg Cafe, The Phillips Collection, Washington
[2012]; Solar, Espaço
Cultural do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, São Paulo; After the Rain, Tanya Bonakdar Gallery, New York, USA
[2011]; Imitação da Água,
curadoria de Jacopo Crivelli Visconti, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo,
Brasil [2010]. Exposições coletivas
recentes: 3 am: Wonder, Paranoia and the
Restless Night, curadoria de
Angela Kingston, The Bluecoat, Liverpool; Analogias, curadoria de José
Luis Hernández Alfonso, Museu de Arte Brasileira, Fundação Armando Álvares
Penteado, São Paulo; Limites do
Imaginário, Fundação Vera Chaves Barcellos, Porto Alegre; Circuitos Cruzados: o Centre Pompidou
encontra o MAM, curadoria de Christine Van Assche e Paula Alzugaray,
MAM-São Paulo; MAC 2013: Doações
Recentes,
MAC-USP, São Paulo [2013]; Decade:
Contemporary Collection: 2002-2012,
Albright Knox Art Gallery, New York; Percursos Contemporâneos, Museu
de Arte Contemporânea de Sorocaba; This is Brazil! 1990-2012, Sala
de Exposições Palexco, A Coruña; Obra Viva/Esculturas
Públicas no Parque Ecológico Municipal Estoril–Virgilio Simionatto, São
Bernardo do Campo; 7SP – Sete Artistas de São
Paulo, CAB Art Center, Bruxela [2012]; Doações Recentes, MAC-USP,
Pavilhão Ciccillo Matarazzo, São Paulo; We
are pleased to invited you, Galeria Carlos Carvalho Arte
Contemporanea, Lisboa; Como o tempo passa quando a
gente se diverte, Casa Triângulo, São Paulo; Boîte Invaliden, Invaliden1 Galerie, Berlim; Convivendo com Arte - Diálogos do Moderno ao Contemporâneo,
Espaço Expositivo da Torre Santander, São Paulo; Vestígios Brasilidade, Santander Cultural Recife; Projeto Ideal, Centro Cultural São Paulo, São
Paulo [2011]; Espectral - obras das coleções do CGAC, Centro Galego de Arte
Contemporánea, Santiago de Compostela; Paralela
2010 - A Contemplação do Mundo, curadoria de Paulo Reis, Liceu de
Artes e Ofícios, São Paulo; Paisagem Incompleta, Centro
Cultural Usiminas, Galeria Hideo Kobayashi, Ipatinga,/Palácio das Artes, Belo
Horizonte; Proyecto Ideal, Museu de Arte Contemporânea da
Universidade do Chile, Santiago; Dez
anos do clube de colecionadores, curadoria de Eder Chiodetto,
MAM-São Paulo; Edições, Casa
Triângulo, São Paulo; Photofidalga, Modern
Art Center Kulanshi, Astana, Kazakhstan; Pleasure
Point - Celebrating 25 Years of Contemporary Collectors, Museum of
Contemporary Art San Diego, [2010].
SERVIÇO:
Pausa. Individual de
Sandra Cinto
abertura: 08 de outubro das 19 às 22 horas
período da exposição: de 09 de outubro a 09 de novembro de 2013
local: casa triângulo
endereço: rua pais de araujo 77
[Itaim bibi]
tel: 11 3167-5621
e-mail: info@casatriangulo.com
site: www.casatriangulo.com
horário de funcionamento: de terça a sábado das 11 às 19 horas
Assessoria de Imprensa: Solange Viana
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