O Ministério da Cultura e
Funarte apresentam:
LOCUS - pinturas de Adriana Maciel
Abertura: 11 de agosto, sábado, às 15 h, com visita guiada
Visitação: de 12 de agosto a 24 de setembro de 2018
INSTALAÇÃO | OFICINAS GRATUITAS | PROGRAMA EDUCATIVO
Adriana Maciel, contemplada
pelo Prêmio Funarte Conexão Circulação Artes
Visuais - Galerias Funarte de Artes Visuais São
Paulo / Ceará - Museu da Cultura Cearense, Centro Dragão do Mar de
Arte e Cultura, apresenta,
a partir de 11 agosto para o público paulistano, a exposição Locus
que é uma síntese da sua produção artística dos últimos 10 anos. Foram
selecionadas 25 obras desenvolvidas ao longo desse tempo. Compõem a mostra: 13 telas da série Com-partimentos, 10 objetos pictóricos
das séries Núcleos e Rotor,
e mais duas instalações: Trajetória e
Órbitas. Locus permanece até 24
de setembro em São Paulo e depois segue para Fortaleza.
Com tantas vertentes, a montagem da
exposição poderia ser interpretada como uma única instalação, pois há uma
unidade entre as obras. Conduz a um labirinto, construído por imagens que fluem
pelo pensamento e sensações individuais, em busca do lugar desejado, ou em fuga
do lugar que ameaça.
A exposição propõe um jogo lúdico
com a nossa percepção, estabelecendo alguns conceitos: ausência e presença, esgarçamento
e permanência, dentro e fora, realidade e ficção, excesso e nada, superfície e
profundidade, coesão e desdobramento. Ao fragmentar as obras em módulos,
cria-se uma estratégia operacional na construção dos espaços pictóricos,
adequando-os ao local. Há um movimento de compressão e dilatação implícito. Uma
mesma obra pode se apresentar condensada ou ampliada, e às vezes ocupando de
forma particular os cantos, chão, teto, alterando a noção do trabalho.
Nas telas, a artista vai “esculpindo”
a superfície como se estivesse cortando a parede. Já nos volumes sólidos é como
se estivesse anulando a matéria.
Quem for visitar a exposição irá
percorrer este circuito divididos da seguinte forma: em Com-partimentos, as telas, em sua maioria polípticos, modulam o
espaço expositivo, ocupando de forma estratégica as particularidades de cada
local.
Na série Núcleos, temos pequenos objetos de
madeira, cuja representação pictórica simula buracos ou reentrâncias em suas
superfícies.
Rotor é
uma obra composta por 15 objetos redondos de madeira, motorizados, onde os
movimentos circulares potencializam a volumetria virtual das representações. As
imagens sugerem variações de cavidades, ora côncavas e ora convexas. Alguns
objetos sugerem formas orgânicas diversas, como se tivessem vida latente e
buscassem a saída de suas cápsulas. Outras peças se assemelham a olhos,
estabelecendo um jogo de ver e ser visto.
Em Trajetória temos 70 obras seriadas sobre um tablado de 7 metros. Em
cada peça se encontra representado, no centro, um núcleo vazio, um buraco
ilusório. Ao seriá-las uniformemente visualizamos uma passagem. O espectador,
ao caminhar ao longo da instalação, amplia ainda mais essa percepção, como se
as peças fossem interligadas por um tubo virtual.
Órbitas apresentamos
uma instalação de 10 peças, seriadas sobre um tablado de 3 metros. Cada peça,
redonda, gira sobre seu eixo. A figuração de uma esfera vermelha é
potencializada pelo movimento, que ganha autonomia, acentuando sua volumetria.
Cada esfera tem sua própria órbita, mas também participa do movimento ao seu
redor. A rotação do conjunto cria uma organização desorganizada.
O conjunto das obras traz uma
leitura poética de representações de lugares e pequenas construções, como:
vãos, frestas, aberturas que dialogam com o espaço expositivo, numa abordagem
entre a realidade e a imaginação. As
obras lidam com a fronteira da percepção, entre o imaginário e o real. São
imagens que transmitem a solitude e a ausência, e sugerem uma atmosfera
psíquica. São Locus invisíveis, construídos para o vazio e o silêncio, para
serem ressignificados. Cenas resgatadas
de uma memória esgarçada compõem fragmentos de espaços plausíveis, mas
inexistentes. Há uma percepção ambígua e ambivalente sobre o que é para ser
visto ou o que importa ser visto. Como se fosse possível materializar onde começa
o inconsciente e onde termina a vivência real. Não se trata de representar o
mundo onírico, mas de vivenciar a possibilidade desse encontro. É isso que o
visitante irá ver aqui.
SERVIÇO:
LOCUS, exposição individual de
Adriana Maciel
Galeria Flávio de Carvalho- Funarte SP
Abertura com visita guiada 11 de agosto às 15h
Visitação: De 12 agosto a 24 setembro de 2018
Lançamento do catálogo c/ presença da artista- dia 22 de setembro
das 14h às 16h
Oficina de pintura dia 21 das 14h às 18h, dia 22 das 16h às 19h,
dia 23 das 14h às 18h
Agendamento
educativo: visitas mediadas e oficina com agendamento prévio gratuito
Horário de funcionamento da Funarte: aberto das segundas às
sextas, das 10h às 18h, e aos sábados e domingos, das 10h às 21h. Alameda
Nothmann, 1058, Campos Elíseos- São Paulo. Informações:(11) 3662-5177 | funartesp@gmail.com.
Entrada franca.
Assessoria de Imprensa: Solange Viana
http://solangeviana.blogspot.com |
@solangeviana
ADRIANA MACIEL
Nascida em Belo Horizonte, Minas Gerais, formou-se em pintura
(1990) e licenciatura (1992) na Universidade Federal de Minas Gerais. No Rio de
Janeiro, onde vive e trabalha, concluiu o curso Aprofundamento em Artes Visuais
da Escola de Artes Visuais Parque Lage em 1995. Sua produção artística inclui
pintura, desenho, fotografia e vídeo.
Entre as exposições individuais, destacam-se aquelas realizadas no
Centro Cultural Cemig, Belo Horizonte, em 1996; no Paço Imperial, Rio de
Janeiro, em 1997; na Funarte, Rio de Janeiro, em 1998, 2008 e 2018; no Centro
Cultural dos Correios, Rio de Janeiro, em 2004; e no Palácio das Artes, Belo
Horizonte, em 2015.
Participou de diversos Salões de Arte, entre os quais a Bienal de
Santos, o Salão de Arte de Belo Horizonte, o Salão Paulista de Arte
Contemporânea, o Salão de Arte de Ribeirão Preto, o Salão Nacional Vítor
Meireles de Santa de Catarina e o Salão de Arte Pará, em Belém do Pará, bem
como das seguintes exposições coletivas: Projeto Abra Coca-Cola, Centro
Cultural Vergueiro, São Paulo, em 1998; Rumos Visuais – Itaú Cultural, São
Paulo, em 1999–2000; Caixa Cultural Rio de Janeiro, em 2001; Arquivo Geral,
Centro Cultural Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, em 2006; Museu de Arte Moderna
do Rio de Janeiro, em 2008; e Galeria do Mosteiro de Alcobaça, no ano
comemorativo do Brasil em Portugal. Ao longo de sua carreira, foi indicada
para a bolsa CIFO – Cisneros Fontanals Art Foundation, Miami, em 2007, e
agraciada com estes prêmios: Projeto Macunaíma, Funarte, Rio de Janeiro, em
1998; Prêmio Projéteis Funarte de Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, em 2008;
Prêmio Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais, em 2010 e 2013; Edital de
Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado Ocupação do Palácio das Artes, Belo
Horizonte, em 2015; e Prêmio Funarte Conexão Circulação Artes Visuais, em 2016.
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