Sesc São Paulo apresenta a
exposição
23 artistas contemporâneos
e
questões SOBRE A água
Concepção e curadoria de
Adelina von Fürstenberg
Abertura: 22 de novembro,
quarta, às 20h
Visitação: de 23 de
novembro de 2017 a 18 de fevereiro de 2018
Artistas:
Nigol Bezjian (Síria), Clemente Bicocchi (Itália), Stefano Boccalini (Itália),
Benji Boyadgian (Palestina/Finlândia), Sheba Chhachhi (Índia), Jonathas de
Andrade (Brasil), Michel Favre (Suíça), Noritoshi Hirakawa (Japão), Iseult
Labote Karamaounas (Grécia/Suíça), Guto Lacaz (Brasil), Salomé Lamas
(Portugal), Marcello Maloberti (Itália), Carlos Montani (Argentina), Marcelo
Moscheta (Brasil), Rosana Palazyan (Brasil), Luca Pancrazzi (Itália), Dan
Perjovschi (Romênia), Dorian Sari (Turquia), Eduardo Srur (Brasil), Maria
Tsagkari (Grécia), Laura Vinci (Brasil), Velu Viswanadhan (Índia/França),
Vasilis Zografos (Grécia).
O Sesc São Paulo apresenta
ao público: ÁGUA, exposição itinerante apresentada este ano em
Genebra no Dia Mundial da Água. Com 23 artistas de diversas partes do mundo,
conta com a curadoria de Adelina von Fürstenberg, uma das principais
curadoras da atualidade, ganhadora do Leão de Ouro na 56ª Bienal de Veneza
(2015). A exposição tem a missão de despertar a consciência sobre questões
fundamentais, como sua escassez, por meio da arte contemporânea.
Os artistas
participantes propõem por meio de suas obras de arte - instalações,
vídeoinstalações, vídeo-projeções, fotografias, esculturas, desenhos e
pinturas, incluindo produções específicas para o local e novas obras - uma
reflexão sobre a água, em que o gerenciamento é um dos maiores desafios e
objetivo prioritário para o século XXI. A abertura acontece no próximo dia 22
de novembro, quarta-feira, das 20h às 22h, no Sesc Belenzinho. As obras
tratam de questões de meio ambiente, biodiversidade, ecossistemas, mudanças
climáticas e conservação da água como um recurso vital.
A mostra enfatiza a
responsabilidade coletiva em relação ao elemento água na sociedade
contemporânea. A água é essencial para os organismos vivos; portanto, tratar
dessa temática é uma questão urgente, logo, tornou-se um dos mais importantes
desafios globais de nosso mundo. Afinal, de quem é a água? A água é um bem
privado ou um recurso público?
Para o Diretor
Regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, “a abordagem e o
enfrentamento de problemas dessa magnitude não estão circunscritos aos círculos
científicos, como demonstra a exposição Água, proposição no campo
cultural que dá a ver o engajamento dos artistas frente a ameaças que nos
rondam num mundo que, em nome da geração ilimitada de produtos e capitais,
parece propenso a consumir a si próprio, numa espécie de autofagia.
Comprometido com leituras críticas da realidade, o Sesc acredita na capacidade
de sensibilização da arte frente a urgências que tocam a todos nós enquanto
agentes de transformação” comenta em texto sobre a exposição.
ALGUNS DESTAQUES:
A exposição apresenta uma série
de reflexões sobre a água, comentadas pelos próprios artistas, como, por
exemplo, a questão da sacralidade no filme L’Eau – Ganga (algo como “A
Água – Ganges”), de Velu Viswanadhan, ou da secura em One More
Garden, One More Circle (Mais um Jardim, Mais um Círculo), instalação
efêmera de Maria Tsagkari feita inteiramente de cinzas.
A poluição fica especialmente enfatizada
na videoinstalação de Noritoshi Hirakawa sobre as consequências da
catástrofe de Fukushima, em 2011 e a contaminação radioativa das águas.
Já o filme de Nigol Bezjian,
Me, Water, Life (Eu, Água, Vida), trata a escassez de água nas zonas de
conflito, como em um campo de refugiados sírios no Líbano, ou a série de obras Palavras,
de Stefano Boccalini, sobre este debate inflamado e de grande
atualidade: a água – bem público ou propriedade privada?
Destacamos também a obra de Jonathas
de Andrade, Maré (Tide), 2014, formada por 111 gravuras em tinta UV sobre madeira de
bordo, mostrando imagens de um velho iate clube de Maceió, estado de Alagoas
(onde Jonathas nasceu). E também Ondas
d’Água, de Guto Lacaz, criada
especialmente para a praça do Sesc Belenzinho em sua inauguração, incorporada a
esta exposição, por se tratar da mesma temática.
Em Arrasto, Marcelo
Mosqueta realizou uma expedição pelo rio mais importante de São
Paulo, o Rio Tietê, onde coletou pedras, argila, areia e vários minerais,
documentando e classificando os elementos encontrados nas margens e compondo um
depósito de lembranças, relatos para um pequeno museu de curiosidades, cada uma
compartilhando seu lado do leito fluido.
De Dan Perjovschi destacamos Notes and Postcards on Water (Notas e Postais sobre Água), 2017. Usando sua típica ferramenta de expressão – desenhos
nas paredes baseados em tópicos políticos, sociais e culturais – o artista fala
sobre questões da água em nossa vida cotidiana, inserindo páginas ou anúncios
de jornais. Além disso, apresenta uma coleção de postais encontrados em lojas
para turistas e bazares de lugares que ele visitou, que incluem elementos como
lagos, rios e fontes e foram enviados diretamente para São Paulo pelo Correio.
A videoinstalação Theatrum
Orbis Terrarum, de Salomé Lamas, apresenta-se como um filme de
exploração, uma viagem sensorial, uma história vertiginosa, e, com certeza,
como um filme de aventura. Segundo a definição da artista, “when I look at
the sea for long, I lose interest on what happens on land” (quando olho o
mar por muito tempo, deixo de me interessar por aquilo que acontece em terra).
A
exposição é um projeto de ART for The World, ONG (Organização Não
Governamental) afiliada ao UNDPI (Departamento de Informação Pública das Nações
Unidas), produzido e executado pelo Sesc São Paulo, instituição com a qual
colabora regularmente.
Fotos ilustrações: 1. Sheba Chhachhi
(Índia); 2. Rosana Palazyan (Brasil); 3. Velu Viswanadhan (Índia/França).
SERVIÇO:
ÁGUA (Artistas Contemporâneos e
Questões da Água)
Abertura: quarta-feira, 22 de novembro, às 20h
Visitação: de 23 de novembro de 2017 a 18 de fevereiro de
2018
Terça a sábado, das 10h às 21h. Domingo e feriados, das 10h
às 19h30.
Local: Sesc Belenzinho
R. Padre Adelino, 1000 - tel. (11) 2076-9700
Entrada Gratuita
Classificação indicativa: Livre
Obras de 23 artistas com curadoria de Adelina von
Fürstenberg
Projeto da
ART for The World
Técnicas: instalações, vídeoinstalações, vídeo-projeções,
fotografias, esculturas, desenhos, pinturas.
QUEM É ADELINA VON FÜRSTENBERG
Adelina von Fürstenberg é uma
renomada curadora internacional, ganhadora em 2015 do Leão de Ouro pela melhor
Participação Nacional na 56ª Bienal de Veneza por sua curadoria do Pavilhão
Armênio, e o Grande Prêmio Meret Oppenheim do Departamento Federal de Cultura
da Suíça em 2016.
Pioneira no ramo, ela é conhecida
por ampliar a arte contemporânea para incluir uma abordagem multicultural. Com
sua visão única das exposições, ela tem colocado arte em espaços como
monastérios, edifícios públicos, praças, ilhas e parques, além de promover
exposições em museus e instituições. Seus trabalhos esforçam-se para fornecer
um contexto maior ao torná-la uma parte mais vigorosa de nossas vidas, criando
um diálogo vívido entre as formas de arte, enquanto fazem uma relação entre a
arte e questões sociais globais.
Ela foi fundadora e primeira
diretora do Centre d’Art Contemporain de Genebra na Suiça e depois diretora de
Magasin – Centre National d’Art Contemporain de Grenoble, França e de sua
Escola de Curadoria, premiada pelo júri da Bienal de Veneza de 1993. Tem
organizado muitas exposições em larga escala pelo mundo, incluindo Dialogues
of Peace (Diálogos de Paz) para marcar o 50º aniversário das Nações Unidas
em 1995.
Em 1996, fundou ART for
The World, uma ONG que trabalha com arte contemporânea, cinema independente e
valores universais. Em 2008, foi escolhida pelo UNHCR (Alto Comissariado para
Refugiados das Nações Unidas) e pela Comissão Europeia para produzir Stories
on Human Rights (Histórias sobre Direitos Humanos), 22 curtas de ficção
para o 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos,
coproduzidas com o Sesc São Paulo. Em 2013, ela foi nomeada Curadora Chefe da
4ª Bienal de Tessalônica, Grécia e, mais recentemente, Curadora Chefe da
primeira edição de Standart – Trienal da Armênia.
Há muito tempo, Adelina von
Fürstenberg colabora em conjunto com a ART for The World e Sesc São Paulo,
fazendo a curadoria de grandes mostras, entre elas: Mulher Mulheres
apresentada em 2007 no Sesc Avenida Paulista, em 2014 FOOD Reflexões sobre a
Mãe Terra, Agricultura e Nutrição no Sesc Pinheiros e em 2015 AquiAfrica,
no Sesc Belenzinho.
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